quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mais um que se rendeu ao Inter...

Agora vi o belíssimo texto do Lédio Carmona! Não tem como não pensar que o Inter é sensacional mesmo. É um time que, mesmo diante das adversidades, não desiste enquanto o juiz não apita o fim do jogo. Isso é raça, é coração! É técnica também, mas principalmente, é votnade de vencer!
http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/2010/08/12/o-predestinado-e-o-general/

"Maurício Neves
É preciso jogar. Os espaços estão sempre no mesmo lugar para quem tem o jogo, o padrão, a excelência do toque e a organização constante. Um time assim vira a bola de um lado para o outro, aproxima os setores, gira o campo ao redor de si como se as linhas não fossem fixas.

Um time assim não desiste mesmo ante o revés eventual, porque o nome do jogo é futebol e eventualidades acontecem. Um time assim sabe que atrás da selva de zagueiros e volantes que se multiplicam está a meta a ser vazada. Um time assim sabe que para ser campeão é preciso jogar, antes do desespero é preciso jogar, apesar das contingências é preciso jogar.

Foi o que Inter fez na grama que não era grama e na América que não é do Sul. Contra o Chivas que achou um gol fortuito, contra a bola que não queria entrar, o Inter jogou o seu jogo soberano. Poderia até ter sido fácil, o chute de seco de Kleber logo no começo, a pancada de Alecsandro, mas até aí ainda era a bola que não queria entrar e que se arrebentava teimosa contra a trave.

A bola teimosa se juntou à contusão de Alecsandro e ao equívoco de Roth em lançar Everton, à cabeçada de Bautista que encobriu Renan em má hora, no único descuido e no último movimento do primeiro tempo que havia sido de domínio colorado.

Fosse o Inter um time mal resolvido e talvez se assustasse com a derrota parcial e injusta. E se o acaso se repetir e o Chivas fizer o segundo gol? Mas o Inter não se assusta, já não é de hoje que o Inter não se assusta, sabem disso o Estudiantes e o São Paulo. Veio Sóbis no lugar de Everton e o Inter seguiu jogando, categoricamente a partir de D’Alessandro, intensamente através de Kleber, mantendo o jogo ao seu alcance e tirando a bola da área de ação dos mexicanos.
D’Alessandro mandou um chute da meia-esquerda. Um chute de gol, e o esforço que a bola fez para não entrar cravada no ângulo esquerdo acabou com toda a sua teimosia.

Kleber executou um cruzamento de almanaque, a bola antes teimosa e agora mansa, e poderia se dizer que o jogador que cabeceou o fez à Dadá Maravilha, paradinha no ar, pescoço torneando para impulsionar a bola lá bem longe do goleiro. Mas a verdade é que Giuliano, o predestinado, já não admite comparações ou referências. É um nome maiúsculo na história colorada, verbete de primeira grandeza, lá estão as bolas nas redes portenhas, são-paulinas e mexicanas como avalistas.

Nada menor do que vitória faria justiça ao Internacional. Então D’Ale foi pegar uma bola na direita, atravessou- para Índio, que escorou para o meio da área. O capitão Bolívar mergulhou na grama que não era grama, para a conquista de Guadalajara. Quando se pôs de pé novamente, Bolívar já havia mudado de patente, correndo para os braços da glória como General Bolívar da América, da América livre e colorada".

Um comentário:

  1. JP, Lédio e Marcelo Barreto são fãs incondiaionais do futebol arte, bonito, pra frente, vistoso... e críticos ferrenhos do seu Dunguinha stress-zenegger e seus 23 anões brucutus. Adoro os dois. Sempre leio, assisto, etc. Marcelo Barreto, aliás, é um dos melhores jornalistas esportivos da TV, disparado. Aproveitando a oportunidade, o Inter joga muito mais na bola do que na brutalidade dos seus adorados carrinhos... Foi assim que ganhou o jogo. Na bola. Na qualidade técnica dos jogadores. E tomara que seja assim que o time vença a Libertadores e o Mundial. Tomara que bote todo mundo na roda cokm toque de bola, categoria nos lançamentos, inteligência nas enfiadas de bola, dribles desconcertantes e produtivos eé claro... golaços. Vai ser muito melhor de assistir, eu te prometo isso!

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