A volta de Rafael Sóbis

Quando a escalação passou no telão do estádio foi confirmado que o Alecsandro não jogaria. É estranho o pessoal sentir falta dele. Ele sempre foi muito criticado no Inter. Ele não é ruim, mas está longe de ser um ótimo jogador. A questão é que ele faz gols, prende bem a bola no ataque, joga como pivô e ainda dá boas assistências. A notícia boa é que o Rafael Sóbis jogaria. Claro que eu preferia que fosse o Rafael Sóbis de 2006. O "novo" Sóbis ainda está sem ritmo de jogo, meio lento, meio perdido. Falta a ele algo que ele tinha em 2006. Pode ser o "Kwan" (Jerry Maguire), eye of the tiger (Rocky) ou qualquer outra coisa que represente um diferencial. A verdade é que, mesmo sem as condições ideais de jogo, ele tem estrela! E que estrela! Ontem o Sóbis perdeu boas chances de abrir o placar e de empatar a partida. Ele não está fora de forma, mas se recupera ainda de uma lesão violenta no joelho, que o levou a ser operado. Fora isso, ele jogava no futebol árabe, que todo nós sabemos que não é grande coisa (pelo menos por enquanto). Quando tudo estava nebuloso, Kleber cruzou uma bola à meia altura e ela foi parar no pé direito de Rafael Sóbis, que se antecipou ao goleiro e fez o seu primeiro gol pelo Inter, desde que retornou ao Beira-rio! Não foi um golaço, mas valeu muito! A partir disso o Inter dominou o jogo e colocou o Chivas na roda. O que eu mais esperava veio no fim. Assim como em 2006, Sóbis pegou a bandeira da torcida e desfilou com ela seus braços, dando a volta no estádio. É tão legal ver que ainda há jogadores que se identificam com clubes. É tão bom ver que o dinheiro é importante, mas não é tudo! O Sóbis me deixa feliz porque ele é colorado, de coração! Ele não é apenas mais um jogador contratado pelo Inter. Ele joga no clube que ama e isso faz a diferença! (por isso eu detesto o Pato e não gosto muito do Nilmar. Por isso que eu detestei a atitude do Guiña ao assinar procuração para se vender para o SPFC. Por isso que eu abomino a atitude do Daniel Carvalho de dizer que aprendeu no Inter a não jogar pelo coração. E é por isso que eu ainda tenho esperanças de que o futebol volte a ser como antes, onde o amor pelo esporte prevalecia, em detrimento ao dinheiro). Parabéns, Rafael Sóbis, "o colorado":